sábado, 10 de abril de 2010

Menos.

Suplico:
-um pouco menos de sufoco, seu moço.
Suplico: -por um
Carpe diem bem configurado

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Por enquanto.

Reclama o ser-só.
(mas) Naquela boca
Nada mais amarga que
(o gosto de) Dever.

Passa por tempos
Com arrependimentos súbitos
Por não ter forçado a viver

-Amargo.

Parecia que: -só sem açucar, há afeto,
E seria um sabor a mais
Para (parar) o que era doce.

E, em qualquer olhar viria:
-E dessa vez, moço, o que vai ser?
-Mais um café, e dessa vez:
Que seja doce.

Sal.

Escolher ficar só
Quando em um mar que transborda e seca,
Por ti,
Por noites,
Por mares,
Dói.

Mas não dói de ver doer,
Dói de não sentir constância
Nem em ti,
Nem em noites,
Nem em mares.

Nem sequer um peixe,
Tudo que se tem:
Sal, que transborda, que seca;
Em ti,
Em noites,
Em mares,
Em mim.

terça-feira, 6 de abril de 2010

E, até que finalmente.

E, até que finalmente me voltam
Aquelas que jamais me foram
E não só me voltam,
Como trazem -o que há de causar- paz.

Era de sentir, finalmente se permitia sentir
Uma euforia de gosto quase mortal
E o que havia de folia
Desdenhava do que aspirava a hostil.

Eletrisava-se
E era de pasmar o que
Aquelas que nunca (me) foram, me
Traziam.

E me buscavam no íntimo
E me tocavam no sexo
E me traziam os berros
E desdenhavam o hostil,
E fim.