sexta-feira, 4 de junho de 2010

Pálida

... e mesmo que se passassem os meses
Não passava em nada o encanto
Mesmo que em todas as (ex)quinas a mal falassem
E todos os semáforos alertassem
Só acelerava, vestida de olheiras e sangue.

A re-vestia,
E era rubro, visceral
E era intenso e imenso e quente;

Ah, mas era tão pequena
Não parecia caber
E nem cabia, por deixar transparecer
Sem delongas (as demoras).

E a cada dia cresciam outras noites.

Tentava cegamente adequar-se
E mais e mais, frustrava-se
E nem mais tragava-se
Por não ver perto,
O fim.